sábado, 24 de abril de 2010

Pára por favor, Escuta por favor, Olha por favor

Pára, escuta e olha. Eu parei, eu escutei, eu olhei. E no final do documentário tive vergonha das pessoas que tomam as decisões de fundo no meu país. O Plano Nacional de Barragens. Provavelmente, um dos maiores erros estratégicos para Portugal. É um falhanço total. Um desrespeito perante as populações afectadas.

O documentário Pare, Escute e Olhe em exibição em 3 salas de cinema (apenas 3, mas porquê?) no nosso país retrata de forma verdadeiramente sublime as incoerências do poder político. Os interesses de uns poucos que se colocam de forma desumana por cima dos interesses de quase todos. Uma crítica feroz ao Plano Nacional de Barragens que traduz uma imensa falta de visão económica e ambiental. A arrogância da destruição da zona do Tua. Por um punhado injustificável de quilowatts de energia se quer destruir os valores mais profundos da ecologia daquela região. E submergir a Linha do Tua.

Com muitíssimo menos dinheiro se apostava realmente na Poupança Energética, na Eficiência Energética e na criação de muitíssimos mais postos de trabalho.

As pessoas daquela região estão a ser abandonadas, esquecidas e desrespeitadas de uma forma tão cruel e violenta por um sistema político podre, desonesto e degradado.

Se realmente estas 10 barragens vierem a ser construídas mais uma vez se comete um atentado ambiental e social sem precedentes.

Por que fazem eles isto?



Deixo aqui algumas páginas que estão relacionadas com o assunto do Plano Nacional de Barragens

http://www.pareescuteolhe.com/ - Página Oficial do documentário Pare, Escute e Olhe

http://savetua.blogspot.com/ - Blogue - Salvar o Tua

http://salvarotamega.wordpress.com/ - Blogue - Salvar o Tâmega

EM EXIBIÇÃO

Cinema City Classic Alvalade

Cinema Zon Lusomundo Amoreiras

Cinema Zon Lusomundo Parque Nascente (Gondomar)














AVE - Miguel

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Reflexão - aviso à navegação

Quero aqui deixar uma espécie de confissão. Acredito que todos os ambientalistas, as pessoas que se preocupam com o Meio Ambiente, vivam com o terrível sofrimento por uma constatação racional de uma óbvia degradação ambiental. A questão é que parece que começamos sempre na estaca zero. Quanto mais observamos os comportamentos das pessoas, mais chegamos à conclusão que é sempre urgente uma reeducação ambiental massiva. Educação Ambiental. Penso que a este nível ainda há tanto a fazer, no entanto, ainda há tanto a fazer em tantas áreas neste triste país. De pessoas hipócritas, egoístas, sem valores morais. Consumidoras de uma realidade supérfula. Vazia. Destruidora. Penso que estamos a produzir indivíduos sem ideias. Vazios. Inúteis. Arrogantes. Eu não quero pessoas assim no meu país. Eu exijo que se eduquem e se formem pessoas melhores, pessoas sérias, pessoas honestas, pessoas humildes, pessoas justas, pessoas respeitadoras do nosso ecossistema. E tudo isto se repercute numa consciência ambiental que atinge a ignorância e um desrespeito. É de facto um desrespeito perante a minha pessoa, as nossas pessoas, as pessoas educadas e sérias que este país tem e sempre terá, os excessos ambientais, os desperdícios inúteis, a poluição criminosa, a não separação dos resíduos, o atirar aquele papel ou embalagem para o solo (parece insignificante é certo, mas é uma enorme falta de respeito perante todos), o consumo excessivo de sacos plásticos, os maus-tratos aos animais, o uso excessivo dos veículos poluentes, a poluição dos rios e dos mares, a destruição das florestas, o excesso, o excesso, a violência perante a natureza. É um desrespeito, meus amigos. E choro interiormente porque me desrespeitam sempre, muitos cidadãos, pessoas que não sabem o meu nome, nem que coração tenho, pessoas que me olham e me esquecem no instante seguinte, pessoas que me desrespeitam constantemente numa arrogância séria, violenta e inconsciente. Numa falta de inteligência, de perspectiva e visão. Numa enorme falta de humanidade e humildade. Eu não as condeno. Mas também não as compreendo. E porque me desrespeitam constantemente, às vezes apetece-me gritar e dizer. E dizer tudo. Dizer aquilo que devia sempre ser dito a todos os seres humanos que não compreendem... Que este Planeta está sufocado. Está prestes a rebentar. Sofre porque as sociedades humanas constituiram-se segundo uma máxima de desperdício sem limites. Segundo uma máxima de desrespeito perante as Leis da Natureza. Quando vamos parar? Não aguento mais. Não aguentamos mais. Os ambientalistas vão lutar sempre até ao Fim. Por amor. Por amor a uma inteligente e perfeita Natureza de respeito. E por amor venceremos. Porque por amor, e nunca por ódios inúteis, damos um exemplo a uma sociedade podre, nojenta, degradada, desgraçada. Porque queremos continuar a recrutar os verdadeiros Heróis. Aqueles que amando a Natureza, também amam cada ser humano. Ou pelo menos o sabem respeitar.
Porque amanhã tudo terá de ser diferente. Porque o ambientalismo não é um radicalismo, apenas uma questão de respeito. Porque estamos fartos de tanto desrespeito.
Porque queremos constituir um país de pessoas a sério. Porque não podemos continuar a viver assim. Nesta degradação.
Porque calar é estar derrotado.
Porque a Nossa Esperança é e será sempre Verde!
AVE - ASSOCIAÇÃO VERDE ESPERANÇA, Miguel