quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Animais - porquê um destino cruel?

A criação em série, como sobreviveríamos sem ela? Os testes em animais, seria a nossa esperança de vida tão elevada sem eles? A tourada é uma tradição, um espectáculo, ou mesmo, uma arte? A luta de cães ou de galos e as corridas de Galgos são a vida de muitos, a sua fonte de rendimento e a diversão de outros? Serão os animais objectos para melhorar as nossas condições de vida?
Muitas vezes, dou por mim a questionar a provada racionalidade e sensibilidade do ser humano. A crença e/ou aceitação de muitos relativamente às questões em cima mencionadas levam-me às interrogações: onde estará a justiça? Quem foi o idiota que criou Humanos assim?
A criação em série não é necessária, nem mesmo para uma população tão numerosa como a dos dias de hoje. Se cada um de nós reduzisse o consumo de peixe e de carne, carne principalmente, a nossa saúde beneficiaria, bem como seria possível, em alternativa à criação em série, uma criação mais justa, em que os animais poderiam ter uma vida quase digna.
Os testes em animais, já não são minimamente aceitáveis. Devido aos avanços da tecnologia e de um crescente número de cientistas empenhados, existem alternativas à Experimentação Animal. Estas são: seguras, inovadoras, fiáveis e não salvam apenas as vidas de animais, mas também providenciam os dados necessários em determinada experiência, num curto espaço de tempo.
A tourada, uma tradição, um espectáculo, uma arte? Como pode alguém afirmar isto? A tourada não é mais do que um acontecimento macabro, em que um animal é cobardemente perfurado por ganchos que rompem tecidos, músculos e provocam intensa dor. E pior que isto é haver uma plateia que gosta do que vê, que sorri para o sofrimento, que acaricia a dor.
Felizmente as lutas de cães e de galos já são consideradas ilegais. Já as corridas de galgos, que à primeira vista são tão inocentes, encerram um sofrimento injustificável. O que muitos desconhecem é o que está por trás destas. Nas matas circundantes aos locais onde são praticados estes eventos, são encontradas dezenas de galgos enfocados e abandonados, ou seja, os cães envelhecidos que já não dão lucro, vão para o “caixote”.

Que os animais sentem e sofrem com a dor já foi provado, que os mesmos possuem sentimentos está por provar. Mas cada vez mais, para mim, se torna obvio que eles os albergam. Um exemplo real: um cão que provoca a própria morte porque os donos morreram, parece-me uma prova irrefutável. Concluo apenas com a certeza de que quanto melhor conheço o Humano mais gosto dos animais.
Sara Lima

domingo, 11 de outubro de 2009

A nova questão moral

quando iniciei o meu primeiro ano da escola primária, 6 anos de existência, 6 anos de Planeta Terra, a infância era mais forte e a timidez perante o mundo, a timidez talvez um monstro. Bem, se existe algo que me ficou na memória desses primeiros anos de escola foi a regularidade e a certeza das quatro estações do ano - as tão naturais quatro estações que se sucediam certas ao longo dos 365/366 dias do ano. Marcava-se no tempo dos homens: anos de 1996, 1997 e 1998. Provavelmente, os mais velhos já se tinham apercebido de algum desajustamento e desequilíbrio climático. Para eles, existiam muitos anos anteriores para comparação. Bem, mas penso que as estações ainda se faziam sentir, cada uma distintamente da outra - Outono, Inverno, Primavera, Verão.
Hoje, fim de tarde do dia 11 de Outubro do ano de 2009, quase que posso dizer que ainda o Verão não terminou. Radiação solar muito intensa durante o período de maior calor, temperaturas a atingir os 28º C, abafamento de efeito de estufa, desregulação evidente dos regimes de precipitação, precipitação muito intensa durante curtos períodos de tempo, enfim, é evidente a desregulação do sistema climático e o seu desequilíbrio. O Verão pode durar até Novembro ou amanhã sermos invandidos por uma vaga de frio intenso. Ninguém consegue prever.
Desde finais dos anos 90 que qualquer ser humano nota a loucura do clima. Num tão curto espaço de tempo tudo se alterou. E nós - Humanidade - estamos dentro do Sistema Climático e contentamente observamos a loucura.
Nós, seres humanos, com as nossas extravagantes e arrogantes acções conseguimos alterar o sistema climático de um planeta de tão vasto universo. Todos somos absolutamente culpados. Sabemos o que é necessário fazer, no entanto ainda estamos muito presos à sociedade que se constituiu segundo o princípio de rejeitar as leis naturais.
Actualmente, falamos muito do processo de Reciclagem, da sua importância, mas não nos esqueçamos que a Natureza sempre a praticou. Tudo na Natureza se processa segundo um ciclo de não desperdício e de puro aproveitamento.
Por exemplo, as árvores crescem, constituindo-se a partir dos nutrientes que retiram dos solos, no entanto se sempre esses nutrientes fossem retirados dos solos sem lhes serem restituídos, os solos tornar-se-aim muito pobres em matéria orgânica. Por isso as árvores perdem as suas folhas. As folhas decompõem-se nos solos e restituem parte dos nutrientes...
Bem, finalizando este texto. muito já destruímos, muito já estragámos, muito já desequilibrámos, muito já matámos. Por isso, eu só tenho de acreditar e acredito nisto: Vale a pena lutar pela construção de um Futuro mais ecológico, mais sustentável, mais natural. Viva o movimento Ecologista e Ambientalista mundial!
Miguel Albuquerque Serraninho - AVE

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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Pequena Viagem à Simplicidade (Viver da natureza)

E que tal vivermos da forma mais natural possível? Depois de ver O Lado Selvagem rapidamente me invadiu uma emocionante ideia de viver apenas com aquilo que a natureza nos oferece. Ao contrário do filme, o que me incomoda não é tanto a “falsidade do ser humano”, mas sim o que há de inconsciente neste. A suposta melhor característica do Homem, aquela que nos distingue dos restantes animais, tem sido tão, ou tão pouco posta em prática que possivelmente nos matará num futuro próximo.
A destrutiva evolução faz-nos utilizar aquilo que precisamos e o que não precisamos. De dia para dia, se torna mais difícil controlar o nosso consumismo. E claro, faz todo o sentido, os produtos cada vez mais apetecíveis, os anúncios cada vez melhor concebidos, a facilidade de aquisição cada vez melhor armadilhada. Precisamos de um “big” lembrete! Respirar o verdadeiro ar; presenciar problemas que vivem tão longe (comida, higiene, segurança); viver com aquilo que precisamos e não com o que pensamos precisar. Preciso com urgência de respirar fundo tudo isto e saber como podia viver e como vivo.
Uma semana a contemplar as sãs oferendas da natureza, bastaria certamente para a razão me gritar enquanto me dava um valente puxão nos colarinhos, “ wake up, this is not a dream!”. Com esta pequena viagem à simplicidade, que pretendo realizar o mais brevemente possível, gostaria de, para além de tudo o que possa tatuar na minha mente, ainda incentivar quem estivesse disposto a fazê-lo. Só assim poderemos ter a real noção da discrepância entre aquilo que possuímos e aquilo que poderíamos possuir.

Sara Lima