domingo, 11 de outubro de 2009

A nova questão moral

quando iniciei o meu primeiro ano da escola primária, 6 anos de existência, 6 anos de Planeta Terra, a infância era mais forte e a timidez perante o mundo, a timidez talvez um monstro. Bem, se existe algo que me ficou na memória desses primeiros anos de escola foi a regularidade e a certeza das quatro estações do ano - as tão naturais quatro estações que se sucediam certas ao longo dos 365/366 dias do ano. Marcava-se no tempo dos homens: anos de 1996, 1997 e 1998. Provavelmente, os mais velhos já se tinham apercebido de algum desajustamento e desequilíbrio climático. Para eles, existiam muitos anos anteriores para comparação. Bem, mas penso que as estações ainda se faziam sentir, cada uma distintamente da outra - Outono, Inverno, Primavera, Verão.
Hoje, fim de tarde do dia 11 de Outubro do ano de 2009, quase que posso dizer que ainda o Verão não terminou. Radiação solar muito intensa durante o período de maior calor, temperaturas a atingir os 28º C, abafamento de efeito de estufa, desregulação evidente dos regimes de precipitação, precipitação muito intensa durante curtos períodos de tempo, enfim, é evidente a desregulação do sistema climático e o seu desequilíbrio. O Verão pode durar até Novembro ou amanhã sermos invandidos por uma vaga de frio intenso. Ninguém consegue prever.
Desde finais dos anos 90 que qualquer ser humano nota a loucura do clima. Num tão curto espaço de tempo tudo se alterou. E nós - Humanidade - estamos dentro do Sistema Climático e contentamente observamos a loucura.
Nós, seres humanos, com as nossas extravagantes e arrogantes acções conseguimos alterar o sistema climático de um planeta de tão vasto universo. Todos somos absolutamente culpados. Sabemos o que é necessário fazer, no entanto ainda estamos muito presos à sociedade que se constituiu segundo o princípio de rejeitar as leis naturais.
Actualmente, falamos muito do processo de Reciclagem, da sua importância, mas não nos esqueçamos que a Natureza sempre a praticou. Tudo na Natureza se processa segundo um ciclo de não desperdício e de puro aproveitamento.
Por exemplo, as árvores crescem, constituindo-se a partir dos nutrientes que retiram dos solos, no entanto se sempre esses nutrientes fossem retirados dos solos sem lhes serem restituídos, os solos tornar-se-aim muito pobres em matéria orgânica. Por isso as árvores perdem as suas folhas. As folhas decompõem-se nos solos e restituem parte dos nutrientes...
Bem, finalizando este texto. muito já destruímos, muito já estragámos, muito já desequilibrámos, muito já matámos. Por isso, eu só tenho de acreditar e acredito nisto: Vale a pena lutar pela construção de um Futuro mais ecológico, mais sustentável, mais natural. Viva o movimento Ecologista e Ambientalista mundial!
Miguel Albuquerque Serraninho - AVE

1 comentário:

  1. além de tudo o que referiram nesta postagem,é saliente lembrar que é necessário também haver um certo equilíbrio na população humana, pelo que uma redução desta seria de certo modo importante para não consumirmos em excesso o tão complexo planeta AZUL!

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